Negociações encerram com Ministério de Gestão Pública descartando reajuste em 2024, devido à falta de margem no orçamento.
Em busca de encerrar a paralisação que impacta mais de 50 universidades e 79 institutos federais em todo o país, foi apresentada nesta sexta-feira (19) uma nova proposta pelo governo federal, contemplando um reajuste significativo para professores e técnicos administrativos.
A proposta visa atender às demandas dos servidores em greve, garantindo um reajuste que atenda às necessidades da categoria. Além disso, a expectativa é que esse reajuste contribua para a retomada das atividades acadêmicas de forma tranquila e eficiente.
Reajuste Salarial e Negociação Governamental no Setor Educacional
De acordo com as informações divulgadas pelo secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, o Ministério se compromete com um significativo reajuste salarial para os servidores da educação. O plano inclui um aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. Essa proposta representa uma revisão considerável em relação à oferta inicial do governo, que previa um reajuste de 9% de aumento dividido entre 2025 e 2026.
A nova proposta, que totaliza 12,5% de aumento, foi recebida com expectativa pelos servidores. Feijóo destaca que a iniciativa dobrou os valores previstos anteriormente e ressalta o impacto positivo nos ganhos dos trabalhadores. Ele também ressalta a importância da reestruturação de cargos para os docentes, que resultará em uma maior agilidade na progressão de carreira.
O aumento salarial é uma demanda antiga da categoria, que vem negociando ativamente com o governo para obter melhores condições de trabalho. Mesmo com avanços significativos, ainda há divergências em relação às reivindicações dos sindicatos, como apontado pela FASUBRA e SINASEFE, que consideram a proposta insuficiente e mantêm a greve em andamento.
A falta de espaço fiscal em 2024 foi apontada pelo secretário-executivo-adjunto do MEC como um dos entraves para o reajuste salarial imediato. No entanto, o governo buscou alternativas para atender às demandas dos servidores, promovendo ajustes nos benefícios como auxílio alimentação, saúde e creche. Essa medida foi vista como um gesto de boa vontade para amenizar os impactos da não concessão do reajuste salarial neste ano.
O histórico da greve revela a persistência dos servidores em buscar melhorias em suas condições de trabalho. A adesão ao movimento varia entre as diferentes instituições de ensino, com alguns setores ainda operando normalmente. A negociação continua em andamento, com a expectativa de um desfecho que atenda às necessidades e expectativas dos trabalhadores da educação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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